Para memória futura 3

Tornei-me adulto aos cinco anos, quando os meus pais, por um engano que ainda hoje não conseguem explicar, colocaram-me no autocarro da escola para o meu primeiro dia de aulas entrando na 1a classe. Assim, sem mais. Lá fui para uma escola que nunca tinha visto, com poucos meses de Bélgica e um francês amanhado.
Ao ver o edifício pensei que fosse um hospital, também eu não sei explicar bem porquê. Não sabendo que iria para uma turma de portugueses, segui umas vozes francesas de miúdos mais ao menos da minha idade. Mas no meio da confusão lá ouvi uma voz portuguesa e consegui chegar à turma devida com a eterna professora São. Sobrevivi, e os meus pais, que só a meio do dia se aperceberam do que fizeram, ligaram para a escola a saber de mim. Lá os informaram que eu estava na aula. Repito, sobrevivi, outros sucumbiriam com certeza.
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8 comentários:

MAR disse...

És um sobrevivente... No fundo so teus pais já sabiam...

Filipe disse...

"so" ou "os" ehehhe... se for "só" também tem a sua graça.

MAR disse...

Mas é "os"... Só não que eu também sabia... :-)

li disse...

j'adore lire tes mémoires :)
fico à espera dos próximos "capítulos".

Filipe disse...

li, agradeço... mas não posso contar tudo ;)

João Paulo Nunes disse...

E foi nessa escola que te "fizeste" o que és hoje!
E agora? Estou a dizer bem ou mal de ti???

MAR disse...

Este João Paulo Nunes é enigmático :-)

João Paulo Nunes disse...

Enigmático... hmmm... Deixa me pensar... Acho q é mesmo a primeira vez q me chamam isso!